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A Indústria da Felicidade

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A Indústria da Felicidade

Como os governos e as grandes empresas vendem o conceito de bem-estar

Verso Books,

15 Minuten Lesezeit
10 Take-aways
Audio & Text

Was ist drin?

Empresas e governos estão transformando a felicidade em um pré-requisito.

Avaliação Editorial

8

Qualidades

  • Analítico
  • Inovativo
  • Revelador

Recomendação

O economista político William Davies, professor da Goldsmiths, na University of London, discute a obsessão oficial com a felicidade. Trabalhadores felizes são mais produtivos, mas os trabalhadores de hoje não são felizes. O seu absenteísmo frequente e apatia geral custam bilhões de dólares em perda de produtividade a cada ano. Gestores e formuladores de políticas contratam consultores em gestão da felicidade, criam cargos como “diretor da felicidade” e monitoram as mídias sociais à procura de picos do uso de palavras tristes. Davies examina esta tendência a partir de uma perspectiva de esquerda, traçando as suas origens no Iluminismo e detalhando a influência da psicologia comportamental, gestão científica e economia neoliberal. Ele traz um olhar detalhado, denso e desanimador sobre o crescente monitoramento e manipulação do humor das pessoas. A getAbstract sugere esta visão questionadora a gestores, decisores políticos, empresários e para aqueles que preferem decidir por si mesmos como querem se sentir – felizes ou não.

Resumo

O estatuto da felicidade

A falta de engajamento dos trabalhadores prejudica a produtividade e os distúrbios mentais, cada vez mais generalizados, extenuam os recursos governamentais. As taxas crescentes de depressão e turnover podem explicar por que os líderes, tanto nas corporações como nos governos, hoje priorizam o cultivo da felicidade. Os líderes empresariais e formuladores de políticas públicas têm se debruçado extensivamente sobre as técnicas e tecnologias que podem ser utilizadas para mensurar e mitigar o estresse, as doenças e a depressão.

As corporações buscam na neurociência como rastrear o humor dos colaboradores, criam cargos como “diretor da felicidade” (chief happiness officer) e contratam consultores comportamentais para criar programas visando animar o seu pessoal. Os governos acompanham as estatísticas sobre o bem-estar nacional e oferecem programas de coaching para impulsionar o otimismo. No entanto, o movimento em prol da felicidade ignora condições sociais e políticas como a desigualdade de renda e uma cultura hipercompetitiva que contribuem para o mal-estar geral. Ele tende a enxergar a depressão e outros distúrbios ...

Sobre o autor

O economista político William Davies é professor da Goldsmiths, na University of London, onde atua como diretor do Political Economy Research Center. Ele já escreveu artigos para o New York Times, The Atlantic e The New Statesman.


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