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A Tragédia da União Europeia
Livro

A Tragédia da União Europeia

Desintegração ou renascimento

Public Affairs, 2014 Mehr

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Avaliação Editorial

7

Qualidades

  • Polêmico
  • Analítico
  • Revelador

Recomendação

Desde que George Soros, um liberal e bilionário dos fundos de hedge, anteviu a desvalorização da libra esterlina em 1992, todos lhe dão ouvidos quando se trata de mudanças nas políticas monetárias, mercados de câmbio, tendências econômicas e políticas. Soros discute o futuro potencialmente incerto da União Europeia neste livro com um formato de entrevista. Soros considera o Tratado de Maastricht, documento que deu origem ao euro, como a “tragédia da Europa”, isso porque relegou os “devedores ao status de países do Terceiro Mundo”. Ele deixa claro que a Alemanha deve exercer uma liderança mais sólida e considera a chanceler Angela Merkel tanto uma decepção como uma imagem de esperança para o futuro. Sobrevivente da ocupação nazista na Hungria, Soros acredita que as regras normais não se aplicam em tempos excepcionais e que a complacência passiva é uma atitude perigosa. As opiniões francas e unilaterais de Soros foram habilmente compiladas pela entrevista de Gregor Peter Schmitz, correspondente da Europa para o Der Spiegel. Embora sempre politicamente neutra, a getAbstract sugere as ideias intrigantes de Soros quanto aos desafios econômicos e políticos da Europa aos interessados de todos os setores.

Resumo

O Tratado de Maastricht

Os países europeus se sairiam melhor se redefinissem as regras do Tratado de Maastricht, documento que criou o euro. Ao invés de unir a União Europeia como previsto, o euro aprofundou as divisões internas. A necessidade de cumprir o Maastricht é a “tragédia da Europa”, isso porque dificulta uma maior integração da UE.

O fantasma do incumprimento (default) assombra as nações endividadas da EU, já que as suas dívidas são denominadas em euro, uma moeda sobre a qual não têm controle, ao contrário do que teriam nas suas moedas nativas. O euro mantém “uma situação de desigualdade” e tem relegado os países profundamente endividados da UE “ao status de países do Terceiro Mundo”.

O Maastricht proíbe o resgate financeiro a qualquer país em dificuldades na UE. O erro básico do tratado é assumir que o endividamento do governo é a única causa dos déficits fiscais recorrentes e da desestabilização da moeda. O Maastricht foi uma criação do banco central da Alemanha, o Bundesbank. Um “conjunto de regras falhas” rege a UE sob o peso do tratado e os países membros relutam em revisá-lo.

A introdução do euro deveria criar uma “União...

Sobre os autores

George Soros é presidente do Soros Fund Management e fundador de uma rede de instituições que apoiam sociedades abertas. Gregor Peter Schmitz é jornalista correspondente do Der Spiegel.


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