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O Fim da Europa
Livro

O Fim da Europa

Ditadores, demagogos, chegada da idade das trevas

Yale UP, 2017 Mehr


Avaliação Editorial

7

Qualidades

  • Revelador
  • Cativante

Recomendação

O rescaldo de uma guerra mundial devastadora provocou a criação da União Europeia (UE). Esta parceria entre países tão distintos suportou a sombra ameaçadora do império soviético para, em seguida, crescer robustamente após a Guerra Fria. Os economistas avaliaram seriamente a possibilidade de o euro substituir o dólar como moeda global. Então veio a crise financeira da Europa. Neste estudo do passado sereno da Europa e, quem sabe, da sua queda iminente, o analista americano James Kirchick pinta a Europa como um lugar cujos melhores dias vêm e vão. Ele cita a saída da Grã-Bretanha da UE como um sintoma preocupante que se desenvolveu apesar de uma manifestação maciça de apoio pela permanência por parte da corrente política, cultural e econômica dominante do Reino Unido. Kirchick detalha o ressentimento fervilhante da Europa em relação aos imigrantes muçulmanos e o retorno preocupante do antissemitismo, bem como o surgimento de populistas inflamados, como Jean-Marie e Marine Le Pen, Viktor Orbán e Boris Johnson. Ainda que apresentando algumas contradições e carregado de previsões um tanto sombrias, a getAbstract recomenda o texto de Kirchick por sua visão ponderada e envolvente sobre um continente que tem enfrentado grandes questões existenciais.

Resumo

Paraíso político perdido

Após à Guerra Mundial II, a Europa se tornou economicamente robusta, socialmente progressista e militarmente benigna. A União Europeia (UE) foi uma potência mundial e um contrapeso aos Estados Unidos: mais humana, mais tolerante e menos violenta. Depois dos horrores de duas guerras mundiais e vivendo à sombra do império soviético, os europeus não querem repetir os erros do passado e sua política extremamente moderada reflete isso. Muitos europeus recuam diante do amor da América por armas, carros, ar condicionado, pena de morte e religião. Mas a Europa e os EUA também permanecem aliados cruciais. A Europa valoriza o livre comércio e a liberdade de expressão e religião com um zelo apenas similar aos EUA. A Alemanha, grande beligerante em duas guerras devastadoras, adotou uma postura submissa e pediu desculpas profusas pela devastação causada.

Agora, porém, o fim está próximo para a União Europeia. Após sete décadas como um berço de “paz, estabilidade, prosperidade, cooperação, democracia e harmonia social”, uma variedade de forças turva o futuro da Europa. A fratura mais óbvia é a decisão da Grã-Bretanha de deixar a UE. Antes da votação do Brexit...

Sobre o autor

James Kirchick, membro da Foreign Policy Initiative em Washington, é correspondente do The Daily Beast. Seus artigos foram publicados no The Washington Post, The Weekly Standard e The Wall Street Journal.


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