O número de empresas multinacionais (MNE) explodiu exponencialmente nos últimos anos e a digitalização permitiu que as empresas ampliassem as suas capacidades e expandissem além das fronteiras. Porém, de acordo com os professores de gestão Satish Nambisan e Yadong Luo, antes de penetrar nos mercados estrangeiros, as multinacionais devem avaliar as complexidades potenciais e ajustar a suas estratégias de acordo. Esteja você administrando uma loja na Alibaba ou uma gigante multinacional, Nambisan e Luo enfatizam a importância de analisar e se adaptar a tudo, desde estratégias de inovação “recombinantes” com base na tecnologia digital até regulamentações locais restritivas.
A digitalização impulsiona o crescimento sem precedentes das empresas multinacionais (MNE).
A digitalização alterou drasticamente os contextos do mercado global: entre 2000 e 2010, por exemplo, o número de empresas multinacionais (MNEs) quase triplicou. Hoje, as multinacionais representam metade de todas as exportações globais, um terço do PIB global e cerca de 25% das ofertas de emprego em todo o mundo. Esse crescimento acelerado é resultado do avanços das tecnologias, infraestrutura e plataformas digitais – como inteligência artificial (IA), computação móvel e Internet das Coisas (IoT). As empresas são agora capazes de inovar, criar valor e expandir mais rapidamente além das fronteiras geográficas, conectando novos mercados e negócios.
Os líderes empresariais devem levar em conta as barreiras à globalização – como o nacionalismo geopolítico e a localização – e adaptar as suas estratégias de acordo. O Uber não conseguiu fazer isso na Ásia, por exemplo; a empresa penetrou nesse mercado rapidamente sem adaptar adequadamente a sua estratégia às barreiras geopolíticas, como leis conflitantes e realidades geopolíticas. Devido à falta de localização do Uber, concorrentes...
Professor de gestão de tecnologia na Weatherhead School of Management da Case Western Reserve University, Satish Nambisan também é autor de The Global Brain. Yadong Luo, professor de gestão da Universidade de Miami, é o autor de Global Dimensions of Corporate Governance.
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