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Consciência dos Dispositivos
Livro

Consciência dos Dispositivos

Pensamento coletivo, vontade e ação na era da mídia social

Pluto Press, 2019 más...

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Avaliação Editorial

7

Qualidades

  • Polêmico
  • Analítico
  • Para Especialistas

Recomendação

Dispositivos digitais como os celulares não apenas refletem o pensamento humano, eles o modificam, simulam o cérebro e afetam a consciência, afirma o estudioso Joss Hands neste debate teórico emoldurado por expressões dos sistemas políticos e sociais. Será que as pessoas vão se tornar mais conscientes por meio de uma conexão compartilhada ou vão permitir que o “cérebro capitalista dos dispositivos” impulsione o consumismo? Ele explora como as pessoas utilizam e se acostumam com os dispositivos, postulando dois futuros: o “comunismo dos dispositivos” rebelde, em que a tecnologia libera as pessoas para o bem comum ou o tecnocapitalismo explorador. Para ele, a melhor opção é desenvolver uma consciência dos dispositivos socialista e voltada ao “cuidado, devir e coletividade”.

Resumo

O que é um dispositivo?

Antes de avaliar o que representa a “consciência dos dispositivos”, pense no dispositivo em si. O filósofo Martin Heidegger definiu uma “coisa” como algo “pronto para ser utilizado”, incorporado na coleção concreta de “equipamentos” que as pessoas utilizam para interpretar e construir o mundo. 

Os dispositivos, como os celulares ou smartphones, são mais complexos dos que as coisas. As pessoas os carregam em seus bolsos, mas suas interfaces complexas e modulares os tornam mais do que simples ferramentas. Integrados ao cotidiano das pessoas, os dispositivos fazem parte de um “sistema geral de relações sociais”.

O capitalismo é o aparato estrutural, ou o “dispositif”, no qual os dispositivos se tornaram um “imperativo estratégico”. Dispositivos que operam e-mails, por exemplo, expandem o trabalho em todos os aspectos da vida cotidiana. O capitalismo criou o dispositivo que reforça a lógica do capitalismo. Em mãos inescrupulosas, o dispositivo pode dominar e controlar seus usuários.

Os dispositivos não são objetos fora das pessoas; eles são parte das pessoas. Historicamente, a autoconsciência “bloqueia” as tecnologias...

Sobre o autor

Joss Hands é professor de mídia e estudos culturais na Universidade de Newcastle, no Reino Unido. O seu livro faz parte da série Digital Barricades.


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