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Cidades Extremas
Livro

Cidades Extremas

O perigo e a promessa da vida urbana na era das mudanças climáticas

Verso Books, 2017 plus...


Avaliação Editorial

8

Qualidades

  • Inovativo
  • Baseado na Ciência
  • Importante

Recomendação

A denúncia feita pelo acadêmico Ashley Dawson sobre o sistema capitalista e seu impacto ambiental censura quase todas as pessoas que vivem e trabalham no conforto e relativa segurança do Ocidente, especialmente no Ocidente urbano. Dawson apresenta um tratado franco e corajoso sobre as mudanças climáticas, expondo como elas devem aumentar o seu impacto sobre os mais pobres do mundo, graças aos feitos da minoria confortável. Em meio aos seus protestos intensos e repetidos, Dawson se concentra nas cidades, às quais direciona a maior parte da culpa pela crise ambiental. Ele oferece soluções radicais, embora talvez transmita a sensação de que não tem tanta fé nelas. Ainda que a sua linha do tempo sobre o desastre seja discutível, ele acaba pintando um cenário sombrio e quase sem esperança para o planeta e a humanidade. Dawson cobre a maior parte da discussão sobre a mudança climática, incluindo a adaptação, mas não aborda as tecnologias como o sequestro de carbono, o qual oferece soluções parciais. Tendo o cuidado de deixar claro que esta é a opinião do autor, a getAbstract recomenda este tratado aos que acompanham as ciências, a desigualdade socioeconômica e as mudanças climáticas.

Resumo

Adeus à Miami e à Nova Orleans

Várias cidades grandes ficam próximas a rios e oceanos. Isto as torna vulneráveis ao aumento do nível do mar causado pelas mudanças climáticas. Nos Estados Unidos, Miami e Nova Orleans vão provavelmente sofrer uma catástrofe em meados deste século, se não antes. Miami não pode se resguardar com diques ou muros marítimos porque se encontra sobre “calcário poroso”, o qual permite que a água do mar brote a partir do subsolo. Bombas dispendiosas instaladas em algumas áreas para repelir a água tendem a misturar esgoto com o suprimento de água potável. A cidade obtém grande parte da sua energia de uma usina nuclear colocada imprudentemente em uma “ilha-barreira” costeira que sofre com inundações constantes e furacões frequentes. Alguns relatórios afirmam que a estrutura contamina as águas de Miami com lixo radioativo. Os mares não param de subir. Nos tempos pré-históricos – a última era em que os níveis globais de COforam similares aos níveis atuais – o nível do mais era cerca de 22 metros mais alto. Miami deve entrar em colapso mais cedo do que sugerem as projeções oficiais, mas ninguém toca neste assunto por medo de prejudicar...

Sobre o autor

Ashley Dawson leciona Inglês na City University de Nova York. As suas pesquisas estão centradas na migração global e dinâmica norte-sul.


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