Muitos acreditam que o Ocidente vai estar sempre no topo da economia mundial, como tem sido nos últimos 500 anos. No entanto, de acordo com a leitura pessimista da economista Dambisa Moyo, se a concorrência pelo domínio econômico global fosse uma corrida de cavalos prestes a começar, a Europa iria contra as probabilidades, a América igualaria as apostas e a China apareceria como a grande favorita. Moyo explica por que acredita que as nações ocidentais estão esvaecendo e por que as boas apostas estão na China, na Índia e nas demais economias em crescimento. Embora Moyo se mantenha neutra quanto a conclusões políticas, a getAbstract recomenda o texto bem argumentado, mas por vezes um tanto exaltado da autora, aos interessados em considerar os vários cenários possíveis para o futuro da economia global.
O Declínio do Ocidente e Ascenção das Nações Emergentes
Em 2008, o governo de Abu Dhabi investiu US $ 800 milhões em uma das estruturas mais emblemáticas dos EUA, o Edifício Chrysler, no coração de Nova York. Apenas na primeira metade de 2008, os investidores do Oriente Médio gastaram mais de US $ 1 bilhão em imóveis comerciais nos EUA. As aquisições de investidores não-ocidentais de ativos importantes do Ocidente tendem a aumentar na sequência da crise de 2008. Nas últimas décadas, as potências ocidentais têm esbanjado suas riquezas, influência e posições dominantes globais. Agora, os países não-ocidentais estão expandindo rapidamente as suas economias.
Veja as seguintes tendências:
- Os EUA e o Ocidente perderam muito da sua influência sobre os países emergentes, os quais possuem neste momento economias bastante dinâmicas.
- Os avanços econômicos e tecnológicos que impulsionaram o desenvolvimento ocidental agora beneficiam também os países em desenvolvimento.
- Desde meados do século XX as nações ocidentais vêm implementando uma série de políticas econômicas contraproducentes que danificaram seriamente as suas outrora inexpugnáveis posições de...
Dambisa Moyo é uma economista reconhecida mundialmente, especializada em assuntos macroeconômicos e globais. Moyo é também a autora de Dead Aid e foi escolhida uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista americana Time.
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