As ondas cerebrais representam como o cérebro pensa ou seriam apenas um artefato do pensamento? O neurocientista R. Douglas Fields investiga essa questão e descreve a história da descoberta das ondas cerebrais. Ele explora se a mudança dos padrões de ondas cerebrais pode alterar o cérebro e as possíveis aplicações e perigos quando as ondas cerebrais são utilizadas pela tecnologia.
Hans Berger concebeu o primeiro eletroencefalograma (EEG) para registrar ondas cerebrais em 1924, e mostrou como as mudanças de estado ou atenção as afetavam.
Os primeiros neurocientistas trabalharam para mapear as funções cerebrais, combinando-as com regiões específicas do cérebro. Muitas funções requerem ativação de amplas redes neurais em diferentes áreas do cérebro. Os pesquisadores desenvolveram instrumentos mais sensíveis para captar os sinais elétricos do cérebro. Adolf Beck, por exemplo, mostrou que o cérebro em repouso tem “atividade elétrica rítmica”, e que esta diminui com a estimulação sensorial. O cérebro e o sistema nervoso geram eletricidade e energizam o corpo.
Pesquisadores que aplicaram cargas elétricas em cadáveres identificaram quais nervos controlavam quais partes do corpo. Os eletrodos nos eletroencefalogramas modernos (EEG) registram neurônios que disparam juntos e identificam a área do cérebro onde ocorre a atividade, correspondendo às “flutuações no campo elétrico circundante” – ou ondas cerebrais.
A terapia de choque elétrico provou que a intervenção física pode tratar algumas doenças mentais.
O médico Ladislas von Meduna...
Neurocientista internacionalmente reconhecido, R. Douglas Fields, PhD, é especialista em desenvolvimento e plasticidade do sistema nervoso no National Institutes of Health.
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