Incêndios florestais, furacões e outras calamidades não são áreas de investigação apenas para cientistas do clima, escreve a socióloga Kathleen Tierney. Os desastres naturais estão sob a alçada também dos cientistas sociais, como ela demonstra nesta análise reveladora das catástrofes. Embora não seja surpresa que os pobres sejam mais vulneráveis a furacões e inundações, Tierney aplica dados demográficos a eventos climatológicos e detalha outros riscos para as populações vulneráveis. A sua análise dos eventos climáticos e consequentes riscos sociais é perspicaz e esclarecedora.
Os desastres têm aumentado em gravidade e importância social.
De 1996 a 2005, cerca de 1,5 milhão de pessoas morreram em desastres em todo o mundo, enquanto muitas outras sofreram ferimentos, doenças e empobrecimento. Grande parte do número de mortos afetou as nações em desenvolvimento, enquanto as maiores perdas econômicas ocorreram nos países ricos. Muitos custos das catástrofes são mais difíceis de calcular. Os desastres podem levar pessoas economicamente vulneráveis à pobreza permanente e causar problemas de saúde mental duradouros nos sobreviventes.
A mudança climática promete amplificar os custos econômicos e sociais dos desastres. Os eventos extremos estão se tornando mais comuns e dispendiosos.
As grandes economias podem se recuperar dos contratempos financeiros do desastre, mas as economias em dificuldades não são tão resilientes. Embora a cobertura das calamidades pela mídia se concentre nos danos imediatos, os efeitos costumam ser duradouros. Por exemplo, os incêndios florestais de 2017 na Califórnia desnudaram as encostas das colinas, deixando-as vulneráveis a deslizamentos de terra nas chuvas pesadas subsequentes. Os desastres podem infligir as comunidades...
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Me chamou muita atenção o fato das pessoas com deficiência serem mais suscetíveis a fatalidades em desastres. O que de fato é real e faz sentido.