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Jornais, jornalismo e a imprensa na era digital

Kogan Page,

15 min. de leitura
10 Ideias Fundamentais
Texto disponível

Sobre o que é?

Um olhar sobre o passado e o futuro da imprensa, um setor que sempre soube experimentar, porém hoje, mais do que nunca, precisa da experimentação para sobreviver.

Avaliação Editorial

8

Qualidades

  • Analítico
  • Panorama Geral
  • Cativante

Recomendação

Será que o jornalismo impresso vai conseguir prosperar na era digital? A resposta, segundo o britânico George Brock, um estudioso da mídia, encontra-se não em um modelo de negócio, mas em muitos, incluindo acessos pagos, patrocínios e filantropia. As organizações tradicionais de mídia têm muito a aprender com as novas iniciativas, as quais experimentam com agilidade formatos e modelos de financiamento. A inovação tem dado um novo fôlego ao jornalismo desde os seus primórdios, como Brock demonstra através de um olhar abrangente sobre a história da imprensa. Brock escreve sob a perspectiva inglesa e dedica dois dos seus dez capítulos ao fato de como os escândalos das escutas clandestinas britânicas mancharam a credibilidade da mídia. Ele lança um alerta severo aos executivos da mídia: as organizações que não conseguirem inovar não vão fazer parte do futuro do jornalismo. A getAbstract recomenda o seu panorama histórico a todos que estejam ou não envolvidos com jornalismo e que acreditem que uma sociedade livre prospera com a consolidação deste setor.

Resumo

Séculos de experimentações

Como as notícias vão ser distribuídas na era digital? Quem vai pagar por elas? Será que a definição de “jornalista” vai mudar, bem como o que se entende por “notícia”? Muitos órgãos de imprensa tradicionais não vão sobreviver à transição digital dos dias de hoje, mas o jornalismo em si vai prevalecer. Na Europa e na América, os jornalistas estão fazendo experiências com novos modelos de negócios, novos formatos e novas tecnologias. Conforme alguns conseguem subsistir e outros nem tanto, a experimentação está moldando o futuro do jornalismo impresso, assim como ela moldou o setor no passado.

A maior parte das convenções relacionadas ao jornalismo, como a utilidade, independência, imparcialidade e senso de oportunidade, surgiu durante séculos de experimentação. Em 1500, as impressoras descobriram que a distribuição de pacotes de notícias e propaganda aumentava o seu fluxo de caixa. Histórias que divulgavam quais navios atracaram em quais portos e com que carga particularmente valiosa, geravam grande interesse.

Na Inglaterra, a difusão do protestantismo nos finais de 1600 incentivou a alfabetização e alimentou ideias sobre a autonomia ...

Sobre o autor

George Brock é o responsável pela Escola de Jornalismo da City University London. Ex-repórter e editor do Observer e The Times, Brock faz parte do conselho do International Press Institute (IPI).


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