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Leviatã
Livro

Leviatã

Ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil



Avaliação Editorial

8

Qualidades

  • Inovativo
  • Aplicável

Recomendação

O tratado clássico do filósofo Thomas Hobbes é quase tão antigo quanto O Príncipe de Maquiavel e aparece cerca de 15 anos após a publicação da edição da Bíblia de King James. Leviatã recorda ambas as obras, sendo que a primeira obra ofereceu insights atemporais da natureza e do poder humanos e na última a reverência religiosa absoluta a Deus. As ideias de Thomas Hobbes sobre o comportamento humano ainda ressoam e o seu texto conquista o status de clássico. Hobbes afirma que os cidadãos devem obedecer a um único soberano, a fim de desfrutar de uma comunidade pacífica, eficaz e cumpridora da lei. A sua visão vai de encontro à separação dos poderes e aos conceitos de prestação de contas adotados como os pilares das democracias liberais ocidentais. Hobbes também se opõe à liberdade de expressão, a qual pode gerar rebeliões. Será que o seu tratado ainda se mostra relevante nos dias de hoje? O leitor moderno pode achar alguns temas de Hobbes tão relevantes hoje como seriam no século XVII, uma vez que no mundo atual ainda há ditadores que não prestam contas a ninguém. O eixo do modelo de monarquia soberana benigna de Hobbes, bem como o seu ponto fraco, é indiscutivelmente a premissa de que o temor de Deus deve manter os governantes em xeque. A getAbstract recomenda este clássico aos que desejam saber como seria a estrutura de um governo eficaz à luz dos caprichos da natureza humana.

Resumo

O poder

Os seres humanos, deixados à sua própria sorte, não vivem juntos de forma harmoniosa e cooperativa como as “abelhas e as formigas”; ao contrário, eles estão sempre competindo por “honra e dignidade”. Esta competição gera inveja, inimizade e guerras.

Como todas as pessoas têm a capacidade de raciocinar, muitas acreditam ser mais inteligentes do que as demais e dignas de exercer o governo. Como resultado, tentam derrubar o governo atual, lançando assim sementes de rebelião. Sem a paz e a ordem proporcionadas pelo contrato social de obediência a um soberano, a sociedade nunca estaria livre do “medo constante” e todos viveriam de forma “solitária, pobre, sórdida, embrutecida e curta”.

O papel principal de uma “comunidade” é induzir as pessoas a subsumir a sua vontade individual em prol de uma vontade única, a de um monarca soberano ou uma assembleia soberana. A população de um país deve desistir das liberdades individuais para criar uma comunidade segura, que possa protegê-los através das suas leis. Cada indivíduo perde algumas liberdades, mas ganha a proteção do soberano. O soberano impede outros Estados-nação de agirem contra os cidadãos.

As leis ...

Sobre o autor

O filósofo político Thomas Hobbes escreveu Leviatã durante a guerra civil inglesa, quando as noções de monarquia e soberania estavam no centro das atenções.


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