O pesquisador e psicólogo Marc Wittmann analisa as mais variadas descobertas científicas sobre a experiência subjetiva do tempo. Ele se concentra em questões como: quanto dura o momento presente? Como o cérebro sintetiza uma série de momentos distintos em um fluxo contínuo? Por que o tempo parece se mover mais rápido e mais devagar em diferentes situações? Wittmann aponta para o fato de que as pesquisas sugerem uma conexão íntima entre a autopercepção e o ritmo aparente do tempo. Ele defende o ajuste da percepção como uma forma de se evitar que a vida pareça voar. Artistas, comunicadores e todos aqueles que procuram alinhar as suas mensagens de acordo com os ritmos da percepção humana vão certamente apreciar as sínteses de Wittmann relativas às pesquisas existentes sobre a passagem do tempo.
A percepção do presente provavelmente dura de dois a três segundos. A memória de curto prazo ajuda a sintetizar esses momentos em um todo contínuo percebido.
A sua experiência de tempo é subjetiva. O ritmo do tempo pode acelerar ou desacelerar, dependendo de variáveis como as suas emoções e níveis de atenção. Por exemplo, quando você está desfrutando de um filme, o tempo parece voar. Mas alguns minutos presos no trânsito podem fazer com que o tempo pareça interminável.
Os cientistas acreditam que as pessoas experimentam o tempo em unidades distintas, uma série de momentos presentes em que o cérebro costura um fluxo aparentemente contínuo. Produzir esse fluxo é um elemento essencial para cultivar o seu senso do “eu” – o ego que lida com os momentos e experiências do fluxo irregular do tempo. Como resultado, a percepção do eu é parte integrante do ritmo subjetivo do tempo, que acelera quando você “se perde” em uma tarefa interessante e que se arrasta quando você se concentra demais em si mesmo.
As pessoas parecem experimentar o fluxo do tempo em “unidades temporais” que duram de dois a três segundos. Quando as pessoas falam do momento presente – o agora – elas ...
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