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A Teoria do Jogo Bonito

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A Teoria do Jogo Bonito

Como o futebol pode ajudar a economia

Princeton UP,

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O futebol é um exemplo perfeito para se compreender melhor a economia; a teoria dos jogos oferece um olhar pouco ortodoxo sobre o “jogo bonito”.

Avaliação Editorial

8

Qualidades

  • Aplicável

Recomendação

As teorias relacionadas à economia e ao comportamento humano são notoriamente difíceis de serem testadas e analisadas em um ambiente do mundo real. Segundo o economista Ignacio Palacios-Huerta, o futebol proporciona um laboratório útil para explicar conceitos da economia. Ele argumenta que “o jogo bonito” tem uma série de características importantes que o tornam perfeito para a análise de elementos de conduta social, da teoria dos jogos e da hipótese dos mercados eficientes. Para tal, ele extrai uma série de resultados inusitados e marcantes das suas pesquisas. Apesar de parecer muito mais um livro de economia que utiliza o futebol como trampolim, o texto Palacios-Huerta oferece uma enormidade de histórias e curiosidades do esporte para os leitores pouco interessados em decifrar conteúdos técnico-econômicos. A getAbstract acredita que tanto os fãs dos esportes como economistas de plantão vão achar bastante intrigante esta fusão improvável de dois tópicos tão distintos.

Resumo

A teoria dos jogos na marca do pênalti

Em 1890, quando o empresário e goleiro irlandês William McCrum lançou a ideia de instituir uma cobrança de penalidade máxima, os jogadores, a imprensa e os cartolas a receberam com uma oposição feroz e grande protesto. A penalidade máxima como se conhece hoje não surgiu até 1929, e a Federação Internacional de Futebol (FIFA), organismo que rege o futebol, somente passou a utilizar os pênaltis como recurso de desempate em 1970.

A cobrança pênalti é um exemplo de um jogo de soma zero. Na teoria dos jogos, um jogo de soma zero é aquele em que o sucesso de um jogador é sempre compensado pelo infortúnio do seu oponente, e vice-versa. Em 1928, o cientista John von Neumann propôs a teoria “minimax”, a qual afirma que cada jogador em um jogo de soma zero disputado por duas pessoas que observam uma “estratégia mista” de opções distintas e ponderadas pelas probabilidades e que representam o melhor resultado possível de um dos jogadores. Ambos tentam minimizar as suas próprias perdas máximas e minimizar os ganhos máximos do oponente. Em um jogo de soma zero, ninguém compartilha os despojos: o cobrador quer marcar e o goleiro quer impedir...

Sobre o autor

Ignacio Palacios-Huerta é professor na London School of Economics.


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