Estratégia de Design

A humanidade não pode se dar ao luxo de ignorar os problemas complexos, mas não consegue chegar a um acordo sobre a sua definição ou escopo.

A humanidade entrou na Grande Aceleração: uma era em que a atividade humana está remodelando os ecossistemas da Terra com uma rapidez sem precedentes. As pessoas que trabalham em diversas disciplinas devem lidar com um número crescente de questões relacionadas a esta realidade, que vão desde as alterações climáticas até à instabilidade dos mercados financeiros. O teórico do design Horst Rittel cunhou o termo problemas complexos (wicked problems) em um seminário de 1967 na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Ele observou a qualidade perniciosa destes problemas, em que as “soluções” propostas muitas vezes acabam sendo piores do que os sintomas.

De acordo com Rittel e o seu colega Melvin Webber, os problemas complexos tendem a ter três características comuns: primeiramente, eles não têm uma estrutura de problema única – a definição, o significado e as soluções propostas de um problema complexo podem evoluir e variar enormemente, dependendo dos valores e pressupostos relacionados. Em segundo lugar, a interligação...