O Dia em Que as Mulheres Entraram em Greve

Em outubro de 1975, cerca de 90% das mulheres islandesas participaram de um histórico “Dia de Paralisação das Mulheres”.

A ideia da paralisação surgiu de uma conferência para mulheres sindicalistas de baixa renda, organizado pelo movimento radical feminista Redstockings da Islândia. No “dia de folga” proposto, a grande maioria das mulheres da Islândia deixou de realizar trabalho remunerado e não remunerado. Uma em cada cinco mulheres também participou de um protesto na praça principal de Reykjavík.

A vida normal na Islândia foi interrompida. Com as escolas fechadas e suas esposas protestando, os pais foram forçados a levar os seus filhos para o trabalho. As centrais telefônicas não tinham telefonistas para conectar as chamadas. Os supermercados supostamente ficaram sem salsichas enquanto os homens procuravam desesperadamente soluções simples para o jantar. A paralisação foi bem-sucedida em trazer visibilidade para a natureza vital do trabalho não remunerado das mulheres. Cinco anos após a paralisação...